quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Valmir e Marcelino Galo debatem alternativas para a juventude

De cada três adolescentes que deixam as Comunidades de Atendimento Socioeducativas (Case), um deles é assassinado por traficantes ou pela polícia. O dado alarmante divulgado esta semana pela Fundação da Criança e do Adolescente, (Fundac), órgão responsável pela execução da política de atendimento ao adolescente em conflito com a lei na Bahia, foi debatido ontem (17), com os candidatos a deputado federal, Valmir Assunção, e estadual, Marcelino Galo.
Galo e Valmir Assunção apresentaram a militantes do sistema socioeducativo, as principais questões e propostas de ações de ressocialização dos jovens em conflito com a Lei. Ambos são conhecedores das dificuldades enfrentadas pela Fundac. “A fundação precisa ampliar as unidades de internação provisória em municípios pólos ou sede das Varas de Infância e Juventude, ampliar as Unidades de Semiliberdade e construir uma política pública que garanta a inclusão social e produtiva daqueles adolescentes que saem da medida e, por vários motivos, têm dificuldades de continuar no ambiente que morava antes”, afirma Valmir.
Outra questão fundamental colocada pelos candidatos e que representa uma das reinvindicações, se refere às condições de realizar – de forma programada – o concurso público para todas as áreas da Fundac. “Em nossa gestão alavancamos a atuação da Fundação, dando-lhe autonomia e construindo novas estruturas de atendimento, agora é a vez de realizarmos o concurso”, completa Assunção.
A preocupação com o acompanhamento dos jovens após o fim do cumprimento da medida socioeducativa (quando o adolescente ganha a liberdade após período determinado pela Justiça), também foi foco de discussão. “Eles têm direitos como qualquer outro jovem. Nossa obrigação é criar estruturas que proporcionem condições básicas para a vida, como saúde, educação e lazer”. Galo ainda defende a geração de oportunidades de trabalho e formação como políticas para juventude, “assegurando que esses jovens não entrem para o tráfico de drogas”.

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