sábado, 10 de abril de 2010

Marcelino Galo faz balanço e se articula para a próxima eleição



O ex-superintendente federal da Secretaria Especial da Aquicultura e Pesca, Marcelino Galo, já está com o time em campo na busca por votos. Assim que se desincompatibilizou do cargo, tratou de realizar um encontro com todas as lideranças do setor pesqueiro e agentes que militam na área para fazer um balanço da própria gestão. A avaliação dele é que 2009 foi um ano importante para a pesca e aquicultura, antes desestruturada. Deixando de lado os avanços na área e direcionando os interesses com vistas às próximas eleições, Galo, que é candidato a deputado estadual, disse que pretende focar agora no combate à pobreza. Sobre uma possível aliança com o PR, ele defendeu que o PT seja "protagonista no processo” de definição da chapa.
Fonte - TribunadaBahia - Publicada: 09/04/2010 00:34 Atualizada: 09/04/2010 00:33

Valmir Assunção: um deputado que incomodou as elites dominantes

Valmir Assunção nasceu no distrito de Nova Alegria, em Itamaraju, na região extremo-sul da Bahia. Lá iniciou sua vida de militante nas organizações de jovens da Igreja Católica. Participou da fundação do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) na Bahia e esteve à frente da primeira ocupação do movimento no Estado.
Foi o primeiro negro e nordestino a integrar a direção nacional do MST e é hoje uma das suas principais expressões. Foi candidato a deputado estadual nas eleições de 1998 e 2002. Assumiu o mandato em 4 de janeiro de 2005 com o compromisso de lutar pela destinação das terras devolutas para a reforma agrária e pela regulamentação do plantio do eucalipto.
Valmir Assunção foi vice-líder da bancada do PT, presidiu a Comissão Especial de Assuntos da Comunidade Afro-descendente, vice-presidente da Comissão de Agricultura e Política Rural e membro das comissões especiais da Fome e do Cacau.
Assunção defende a retomada das lutas sociais pelas organizações políticas de esquerda e a disputa dos rumos do PT e do governo Lula. Defende ainda a inclusão da questão ambiental na agenda dos movimentos sociais, por considerá-la indissociável da luta de classes. Segundo ele, há uma crise de paradigmas e o socialismo tem que ser construído na luta do dia a dia.
O mandato de Valmir “colocou o dedo na ferida” e incomodou as elites dominantes, que não suportam a idéia de um excluído, inconformista das injustiças, furar os bloqueios e engajar-se na tarefa de transformação da ordem capitalista, levantando novas possibilidades para um projeto de sociedade.
Em janeiro de 2007, assumiu a pasta inédita de secretário do Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza do Estado (SEDES). Esta é uma grande responsabilidade, que foi aceita devido ao respaldo dos 68 mil e 302 votos, que o fizeram deputado estadual mais votado do PT na Bahia.
Depois de ter consultado as lideranças das bases construtoras do mandato – como as do MST, PT, Ceta, Movimento Negro, indígenas, sem-teto, prefeitos, vereadores, lideranças religiosas e políticas -, é que aceitou essa missão de construir a nova Secretaria, antes apenas de combate à pobreza, mas que, a partir de janeiro de 2007, com as novas diretrizes políticas, assume modalidades diferentes e mais comprometidas com o desenvolvimento social.
Somente com um processo de amadurecimento da Democracia foi possível que um sem-terra, negro, de Nova Alegria, fosse nomeado secretário de Estado.
Valmir Assunção é pré-candidato a Deputado Federal

sexta-feira, 9 de abril de 2010

DIA 15 GREVE NO SAMU 192 DE ILHÉUS

O intimato foi dado e o municipio terá que dar um aumento justo para os médicos do SAMU 192 de Ilhéus.
A desculpa de não ter dinheiro não é verdade e todos sabem, pois enquanto os cargos duplos não forem extintos nenhum profissional da prefeitura terá aumento salarial.Um exemplo simples está no próprio SAMU, onde temos varios cargos de pessoas que tem cargos do alto escalão da SECRETARIA DE SAÚDE.NA FOTO ACIMA TEMOS: ADRIADINA SOARES E ANDREA DICKIE, ambas com cargos no SAMU e uma é chefe do RH e a outra é coordenadora de média e alta complexidade da saúde. Ai eu pergunto: Isso pode? Lei mais no A Mala Direta.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

MAIS UMA MULTA PARA NEWTON LIMA: R$ 20 MIL


O TRIBUNAL DE CONTAS DOS MUNICÍPIOS DO ESTADO DA BAHIA, no uso de suas atribuições constitucionais, legais e regimentais e com arrimo nos arts. 71, VIII da Constituição da República, 91, XIII da Constituição Estadual, 68 e 71, e seus incisos, da Lei Complementar nº 006/91, e 13, § 4º da Resolução nº 627/02, e
considerando os fatos apontados nos relatórios de análise do exercício financeiro de 2008, de responsabilidade do Sr. Newton Lima Silva, gestor da Prefeitura Municipal de Ilhéus, todos eles devidamente constatados e registrados no processo de prestação de contas nº 08134/09, sem que tivessem sido satisfatoriamente justificados;
considerando... descumprimento das normas legais e regulamentares, ...da Lei nº 8.666/93 em face da ausência de licitações de R$ 3.768.576,00 em casos legalmente exigíveis e fragmentação de despesa de R$ 148.151,00 para fugir ao procedimento, totalizando R$ 3.916.727,00 (fls. 575 a 598); reincidência na inexpressiva cobrança da dívida ativa; reincidência no descumprimento do prazo estipulado na Resolução nº 1254/07, relativa a informações com publicidade; despesas de R$ 303.959,79 realizadas indevidamente com recursos do FUNDEB, em desvio de finalidade; omissão na cobrança de multas e ressarcimentos imputados a agentes políticos do Município; ...descumprimento do prazo estipulado na Resolução nº 1123/05, relativa aos anexos de obras e licitações e outras ocorrências consignadas no Relatório Anual expedido pela CCE, notadamente atraso na remuneração dos profissionais do magistério, em julho, contratação de pessoal sem concurso público, ferindo o art. 37, inciso II da Constituição Federal, em janeiro, abril, junho, setembro, outubro e dezembro, dentre outras,
RESOLVE
Imputar ao Sr. , Municipal Newton Lima Silva, Prefeito Municipal de Ilhéus com base no art. 71, inciso I, da Lei Complementar nº 006/91, multa no valor de R$ 20.000,00 (vinte mil reais), a ser recolhida aos cofres públicos municipais, na forma do art. 72, 74 e 75 do mencionado diploma legal.
SALA DAS SESSÕES DO TRIBUNAL DE CONTAS DOS MUNICÍPIOS, em 10 de fevereiro de 2010.
Cons. Francisco de Souza Andrade Netto
Presidente
Cons. Paolo Marconi
Relator

terça-feira, 6 de abril de 2010

A Estratégia eleitoral da Globo: A reprise de 2006. Agora, como farsa

Por Luiz Carlos Azenha
Em 2005 e 2006 eu era repórter especial da TV Globo. Tinha salário de executivo de multinacional. Trabalhei na cobertura da crise política envolvendo o governo Lula.
Fui a Goiânia, onde investiguei com uma equipe da emissora o caixa dois do PT no pleito local. Obtivemos as provas necessárias e as reportagens foram ao ar no Jornal Nacional. O assunto morreu mais tarde, quando atingiu o Congresso e descobriu-se que as mesmas fontes financiadoras do PT goiano também tinham irrigado os cofres de outros partidos. Ou seja, a “crise” tornou-se inconveniente.
Mais tarde, já em 2006, houve um pequena revolta de profissionais da Globo paulista contra a cobertura política que atacava o PT mas poupava o PSDB. Mais tarde, alguns dos colegas sairam da emissora, outros ficaram. Na época, como resultado de um encontro interno ficou decidido que deixaríamos de fazer uma cobertura seletiva das capas das revistas semanais.
Funciona assim: a Globo escolhe algumas capas para repercutir, mas esconde outras. Curiosamente e coincidentemente, as capas repercutidas trazem ataques ao governo e ao PT. As capas “esquecidas” podem causar embaraço ao PSDB ou ao DEM. Aquela capa da Caros Amigos sobre o filho que Fernando Henrique Cardoso exilou na Europa, por exemplo, jamais atenderia aos critérios de Ali Kamel, que exerce sobre os profissionais da emissora a mesma vigilância que o cardeal Ratzinger dedicava aos “insubordinados”.
Aquela capa da Caros Amigos, como vimos estava factualmente correta. O filho de FHC só foi “assumido” quando ele estava longe do poder. Já a capa da Veja sobre os dólares de Fidel Castro para a campanha de Lula mereceu cobertura no Jornal Nacional de sábado, ainda que a denúncia nunca tenha sido comprovada.
Como eu dizia, aos sábados, o Jornal Nacional repercute acriticamente as capas da Veja que trazem denúncias contra o governo Lula e aliados. É o que se chama no meio de “dar pernas” a um assunto, garantir que ele continue repercutindo nos dias seguintes.
Pois bem, no episódio que já narrei aqui no blog eu fui encarregado de fazer uma reportagem sobre as ambulâncias superfaturadas compradas pelo governo quando José Serra era ministro da Saúde no governo FHC. Havia, em todo o texto, um número embaraçoso para Serra, que concorria ao governo paulista: a maioria das ambulâncias superfaturadas foi comprada quando ele era ministro.
Ainda assim, os chefes da Globo paulista garantiram que a reportagem iria ao ar. Sábado, nada. Segunda, nada. Aparentemente, alguém no Rio decidiu engavetar o assunto. E é essa a base do que tenho denunciado continuamente neste blog: alguns escândalos valem mais que outros, algumas denúncias valem mais que outras, os recursos humanos e técnicos da emissora — vastos, aliás — acabam mobilizados em defesa de certos interesses e para atacar outros.
Nesta campanha eleitoral já tem sido assim: a seletividade nas capas repercutidas foi retomada recentemente, quando a revista Veja fez denúncias contra o tesoureiro do PT. Um colega, ex-Globo, me encontrou e disse: “A fórmula é a mesma. Parece reprise”.
Ou seja, podemos esperar mais do mesmo:
– Sob o argumento de que a emissora está concedendo “tempo igual aos candidatos”, se esconde uma armadilha, no conteúdo do que é dito ou no assunto que é escolhido. Frequentemente, em 2006, era assim: repercutindo um assunto determinado pela chefia, a Globo ouvia três candidatos atacando o governo (Geraldo Alckmin, Heloisa Helena e Cristovam Buarque) e Lula ou um assessor defendendo. Ou seja, era um minuto e meio de ataques e 50 segundos de contraditório.
– O Bom Dia Brasil é reservado a tentar definir a agenda do dia, com ampla liberdade aos comentaristas para trazer à tona assuntos que em tese favoreçam um candidato em detrimento de outro.
– O Jornal da Globo se volta para alimentar a tropa, recorrendo a um grupo de “especialistas” cuja origem torna os comentários previsíveis.
– Mensagens políticas invadem os programas de entretenimento, como quando Alexandre Garcia foi para o sofá de Ana Maria Braga ou convidados aos quais a emissora paga favores acabam “entrevistados” no programa do Jô.
A diferença é que, graças a ex-profissionais da Globo como Rodrigo Vianna, Marco Aurélio Mello e outros, hoje milhares de telespectadores e internautas se tornaram fiscais dos métodos que Ali Kamel implantou no jornalismo da emissora. Ele acha que consegue enganar alguém ao distorcer, deturpar e omitir.
É mais do mesmo, com um gostinho de repeteco no ar. A história se repete, agora com gostinho de farsa.
Querem tirar a prova? Busquem no site do Jornal Nacional daquele período quantas capas da Veja ou da Época foram repercutidas no sábado. Copiem as capas das revistas que foram repercutidas. Confiram o conteúdo das capas e das denúncias. Depois, me digam o que vocês encontraram.
Fonte: Página 13