terça-feira, 17 de novembro de 2009

CDH debaterá condições de trabalho em Call Centers

Comissão de Direitos Humanos realiza audiência para discutir condições de trabalho de operadores de telemarketing

A Assembleia Legislativa da Bahia, através da Comissão de Direitos Humanos, realiza audiência pública para discutir o tema “As Condições de Trabalho dos Operadores em Telemarketing/ Call Center”, no próximo dia 18, às 9h. O encontro foi solicitado pelo vice-presidente da comissão, deputado Yulo Oiticica (PT), após reunião com representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Telecomunicações da Bahia (Sinttel) em seu gabinete, no último dia 28 de outubro.
O parlamentar recebeu os trabalhadores que apresentaram reclamações trabalhistas ligadas à saúde. Eles denunciaram situações de assédio moral e doenças ocupacionais e solicitaram a a intervenção do deputado. Os trabalhadores relataram ao deputado, o assédio moral do qual estão sendo vítimas na empresa Contex, devido as doenças ocupacionais que adquiriram ao longo dos anos de exercício da função de telemarketing. O grupo reclama de ociosidade, indiferença, humilhação, falta de estrutura, entre outros.

Carta aberta de Cesare Battisti a Lula e ao Povo Brasileiro

CARTA ABERTA AO EXCELENTÍSSIMO SENHOR LUÍS INÁCIO LULA DA SILVA PRESIDENTE DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL
SUPREMO MAGISTRADO DA NAÇÃO BRASILEIRA
AO POVO BRASILEIRO
“Trinta anos mudam muitas coisas na vida dos homens, e às vezes fazem uma vida toda”. (O homem em revolta - Albert Camus)
Se olharmos um pouco nosso passado a partir de um ponto de vista histórico, quantos entre nós, podem sinceramente dizer que nunca desejou afirmar a própria humanidade, de desenvolvê-la em todos os seus aspectos em uma ampla liberdade. Poucos. Pouquíssimos são os homens e mulheres de minha geração que não sonharam com um mundo diferente, mais justo.
Entretanto, frequentemente, por pura curiosidade ou circunstâncias, somente alguns decidiram lançar-se na luta, sacrificando a própria vida.
A minha história pessoal é notoriamente bastante conhecida para voltar de novo sobre as relações da escolha que me levou à luta armada. Apenas sei que éramos milhares, e que alguns morreram, outros estão presos, e muito exilados.
Sabíamos que podia acabar assim. Quantos foram os exemplos de revolução que faliram e que a história já nos havia revelado? Ainda assim, recomeçamos, erramos e até perdemos. Não tudo! Os sonhos continuam!
Muitas conquistas sociais que hoje os italianos estão usufruindo foram conquistadas graças ao sangue derramado por esses companheiros da utopia. Eu sou fruto desses anos 70, assim como muitos outros aqui no Brasil, inclusive muitos companheiros que hoje são responsáveis pelos destinos do povo brasileiro. Eu na verdade não perdi nada, porque não lutei por algo que podia levar comigo. Mas agora, detido aqui no Brasil não posso aceitar a humilhação de ser tratado de criminoso comum.
Por isso, frente à surpreendente obstinação de alguns ministros do STF que não querem ver o que era realmente a Itália dos anos 70, que me negam a intenção de meus atos; que fecharam os olhos frente à total falta de provas técnicas de minha culpabilidade referente aos quatro homicídios a mim atribuídos; não reconhecem a revelia do meu julgamento; a prescrição e quem sabem qual outro impedimento à extradição.Além de tudo, é surpreendente e absurdo, que a Itália tenha me condenado por ativismo político e no Brasil alguns poucos teimam em me extraditar com base em envolvimento em crime comum. É um absurdo, principalmente por ter recebido do Governo Brasileiro a condição de refugiado, decisão à qual serei eternamente grato.
E frente ao fato das enormes dificuldades de ganhar essa batalha contra o poderoso governo italiano, o qual usou de todos os argumentos, ferramentas e armas, não me resta outra alternativa a não ser desde agora entrar em “GREVE DE FOME TOTAL”, com o objetivo de que me sejam concedidos os direitos estabelecidos no estatuto do refugiado e preso político. Espero com isso impedir, num último ato de desespero, esta extradição, que para mim equivale a uma pena de morte.
Sempre lutei pela vida, mas se é para morrer, eu estou pronto, mas, nunca pela mão dos meus carrascos. Aqui neste país, no Brasil, continuarei minha luta até o fim, e, embora cansado, jamais vou desistir de lutar pela verdade. A verdade que alguns insistem em não querer ver, e este é o pior dos cegos, aquele que não quer ver.
Findo esta carta, agradecendo aos companheiros que desde o início da minha luta jamais me abandonaram e da mesma forma agradeço àqueles que chegaram de última hora, mas, que têm a mesma importância daqueles que estão ao meu lado desde o princípio de tudo. A vocês os meus sinceros agradecimentos. E como última sugestão eu recomendo que vocês continuem lutando pelos seus ideais, pelas suas convicções. Vale a pena!
Espero que o legado daqueles que tombaram no front da batalha não fique em vão. Podemos até perder uma batalha, mas tenho convicção de que a vitória nesta guerra está reservada aos que lutam pela generosa causa da justiça e da liberdade.
Entrego minha vida nas mãos de Vossa Excelência e do Povo Brasileiro.
Brasília, 13 de novembro de 2009
Cesare Battisti

domingo, 15 de novembro de 2009

PT: ENCONTRO REGIONAL REUNE MAIS DE 300 FILIADOS EM ITABUNA


Mais 300 pessoas, incluindo militantes de toda região, políticos, líderes de movimentos sociais e dirigentes partidários participaram ontem do encontro da esquerda petista, onde foi debatida a atual conjuntura partidária, o PED 2009 e eleições do ano que vem.
O principal destaque foi a maior estrela da Articulação de Esquerda na Bahia, o Secretário de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza, Valmir Assumção, o qual foi enfático ao dizer que o debate não visava disputar o espaço com nenhum outro político, mas debater os rumos do partido, pautando a militância como principal instrumento da luta política e partidária em defesa do socialismo.
Valmir também fez uma avaliação sobre seu trabalho frente à sedes e comparou: "Em 16 anos consecutivos de carlismo foram construídas 1.776 sisternas no semiárido baiano, em apenas dois anos e onze mezes construímos mais de 34.000 sisternas, implantamos 426 CRAS(Centro de Referência da Assistência Social), e são distribuídos 100 mil litros de leite por dia nos 417 municípios baianos", finalizou.