sábado, 18 de setembro de 2010

BAHIA CHEGA A LIDERANÇA DA SÉRIE B

Ufaaaaaa! É o suspiro aliviado que devem estar dando os torcedores do BAÊA, Esporte Clube Bahia, depois de anos encastelado nas subdivisões do futebol brasileiro. Hoje, finalmente, o Bahia chegou a liderança do Campeonato Brasileiro da Série B, a SEGUNDONDA, e se consolidou como um time que realmente buscar voltar a elite do futebol do Brasil.
Na liderança, o Bahia soma 40 pontos, igual ao coritiba, mas com melhor saldo de gols. Durante anos o Bahia viu grandes times(Corinthias, Palmeiras, Botafogo, Vasco) serem rebaixados à Série B e retonarem à Série  A, enquanto os seus torcedores amargavam o descontentamento e a frustração de serem humilhados por vários pequenos clubes que chegam a eleite enquanto o "BAÊA" sucumbia numa subcategoria do futebol brasileiro.
Ainda há muitos jogos a serem enfrentados no campeonato, mas vamos esperar que desta vez o Bahia resgate sua história de glórias e volte à elite do nosso futebol.

Folha de São Paulo escancara suas intenções golpistas

17 SETEMBRO 2010 SEM COMENTÁRIOS

Página 13 reproduz e endossa mensagem enviada, no dia 17 de setembro, pelo professor Caio Navarro de Toledo: Car@s,às vésperas de 1o. de abril de 1964, um influente jornal do RJ, em manchete de 1a. página, deu a senha do golpe: BASTA! Hoje, na p. 2, a FSP, em EDITORAL, opina que, de forma urgente, “é preciso estabelecer limites e encontrar um paradeiro à ação de um grupo político que se mostra disposto a afrontar garantias democráticas e princípios republicanos de forma recorrente”. Os setores democráticos e progressistas – eleitores de Dilma e dos candidatos dos partidos que se opõem ao lulismo (PCB, PCO, PSOL e PSTU) – não podem senão manifestar seu veemente repúdio às insinuações contidas no editorial do jornal da dirabranda bem como a todas as vozes que, nos próximos dias, defenderão consignas semelhantes.

Fonte: pagina13

ALBANO FRANCO, CANDIDATO AO SENADO PELO PSDB, DECLARA APOIO A DILMA

Serra encontrava-se junto a Albano Franco, candidato do PSDB ao Senado, no mesmo trio em comício em Sergipe, quando teve de ouvir a seco a declaração do tucano.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Campanha ganha adesão de famílias acampadas

Em assembleia geral realizada ontem (16) com lideranças do município de São Francisco do Conde, o candidato a deputado estadual Marcelino Galo (PT) recebeu apoio dos acampados do Movimento do Movimento dos Trabalhadores Desempregados da Bahia (MTD).
A atividade, organizada pelas lideranças femininas do MTD, Neide Lima e Mara Ferreira, aconteceu no acampamento Milton Santos, no município de Candeias, e contou com a participação de cerca de 100 pessoas. “Nós apoiamos Marcelino Galo e Valmir Assunção porque são pessoas que conhecem nossa história e entendem da nossa luta. Temos certeza que eles irão fortalecer e destravar nossas demandas na Assembleia Legislativa e na Câmara Federal”, afirma Neide.
O acampamento Milton Santos possui 45 famílias. Elas dialogaram com os candidatos sobre seus anseios em relação à questão da reforma agrária e a necessidade de terem representantes para a defesa da distribuição justa de áreas de centros urbanos.
Além de Marcelino, marcaram presença diversas lideranças, entre elas, o dirigente estadual do MST, Weldes Valeriano.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

VALMIR ASSUNÇÃO COMEMORA REDUÇÃO DA POBREZA E DESIGUALDADE NA BAHIA

Ações da Secretaria de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza (Sedes) contribuíram para a redução da pobreza e da desigualdade no estado. Os dados foram verificados pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia da Secretaria do Planejamento (Seplan), a partir dos microdados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD 2009), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE). Quem comemora essa redução é o candidato a deputado federal, Valmir Assunção (PT), que foi secretário da Sedes por mais de três anos e implantou políticas públicas de combate à pobreza, com as diretrizes do Governo Federal.

Fonte: bahiaja

ARMAÇÕES DA FOLHA DE SÃO PAULO

A Folha de S. Paulo de hoje (16.09) estampa uma foto de meia página (E3) de Rubnei Quícoli, apresentado como “empresário” e representante da empresa EDRB do Brasil S/A, de Campinas (SP). Embaixo da foto dele, em pose de CEO de grupo multinacional, a mesma Folha SP informa que Quícoli foi condenado em processos movidos pela Justiça de São Paulo pelos crimes de receptação e coação. Uma das penas foi por desvio de uma carga de 10 toneladas, produto de roubo. A outra, por receptação de moeda falsa. Em 2007, informa a FSP, Quícoli passou dez dias na cadeia.
A FSP recorre ao depoimento deste homem – que identifica como “consultor” – para acusar, sem provas, a ministra-chefe da Casa Civil, e seu filho Israel, de terem pedido dinheiro da empresa EDRB para liberar um empréstimo do BNDES e para a campanha da candidata Dilma Rousseff.
O absurdo é que, na entrevista (pág E3) é o próprio Quícoli quem afirma que o dinheiro teria sido pedido por Marco Antonio Oliveira, ex-diretor dos Correios, demitido recentemente, e não por Erenice ou Israel Guerra.
Fala Quícoli: “Ele (Marco Antonio) falou que precisava de R$ 5 milhões para poder pagar a dívida lá que a mulher de ferro tinha”. Acrescenta Quícoli: “O Marco Antonio é que pediu. Eu falei: Eu não vou dar dinheiro nenhum. Eu estou fazendo um negócio que é por dentro e estou me sentindo lesado.”
Segundo o “consultor”, foi Marco Antonio quem afirmou que “Israel bloqueou a operação (no BNDES). Quícoli também afirma que Israel não lhe pediu dinheiro: “O Israel nunca pediu nada, porque eu não dei chance. Eu não sabia que ele era filho da Erenice. Soube pelo Marco Antonio.”
Sobre a ministra, à época secretária-executiva da Casa Civil, o “consultor” afirma: “Ela se colocou num patamar assim: Vou ver onde eu coloco isso”. Ela concordou que a Chesf seria e empresa recomendada (para avaliar o projeto de energia solar) porque está no Nordeste. Nessa condição, ela agiu corretamente.”
A Folha reforça: “Segundo eles, ela ouviu sobre o projeto e se propôs a fazer a ponte entre a EDRB e a Chesf (Companhia Hidroelétrica do São Francisco), estatal geradora de energia. “Nesse dia, ela [Erenice] propôs o quê? Viabilizar o projeto dentro da Chesf. [...]”
Conforme informado à FSP, ontem (15), representantes da empresa KVA Elétrica (e não da EDRB), foram recebidos na Casa Civil, em 10 de novembro de 2009, pelo então assessor especial da Secretaria-Executiva. Segundo a FSP, ambas empresas são representadas por Quícoli. Os empresários apresentaram um perfil da empresa e tecnologias para a produção de energia solar na região Nordeste. Nenhum encaminhamento ou pedido foi derivado desta audiência. Nem Erenice Guerra, nem o ex-assessor da Casa Civil, Vinícius Castro, participaram da audiência.

www.luisnassif.com.br

José Serra sai abandona entrevista a TV e exigi as fitas de gravação

José Serra ditador censura imprensa: Serra exigiu e levou a fita original sem cortes do programa da CNT. Veja o vídeo


O diretor de jornalismo da CNT, Domingos Trevisan, foi obrigado entregar ao candidato José Serra (PSDB) depois de editado, o material bruto, com imagens e áudio da discussão entre ele e a jornalista Márcia Peltier

Todo material foi entregue a José Serra, o objetivo, segundo a assessoria da emissora, era evitar vazamento do material. A assessoria de Serra afirma que levou a fita para fazer a transcrição da entrevista e que imaginou que a emissora tinha ficado com uma cópia. M E N T I U . Serra não queria que ficasse cópias. Ele tinha medo que fosse divulgado o caso
Serra tem mostrado irritação durante a campanha com perguntas de jornalistas, na maioria dos casos quando abordam pesquisas de opinião.
A discussão foi travada entre o primeiro e o segundo blocos do programa, ou seja, está gravada em alguma fita da emissora mas tudo indica que a CNT não vai colocar no ar (em geral esses momentos de intervalo são considerados off the records, mas se fosse a Dilma as imagens certamente seriam recuperadas e passariam no Jornal Nacional):
Serra: Todo mundo que entra na jogada do PT e do governo ou quer apresentar méritos nesse sentido. Porque…O fato é o seguinte. Eu estou reiterando um crime…
Márcia: Que não era durante o período eleitoral, antes da candidatura.
Serra: E daí, que antes da candidatura, Márcia? Nós estamos gastando tempo aqui, precioso, em vez de falar de programa de governo, para vocês repetirem os argumentos do PT, que vocês sabem que são fajutos, estamos perdendo tempo aqui, eu só acho isso…
Márcia: A gente tem de fazer…
Serra: Eu vim aqui numa correria tremenda. Pega a candidata do PT… ela vem aqui?
Márcia:Virá aqui.
Serra: Então, então pergunta pra ela.
Márcia: Vamos perguntar pra ela também, candidato.
Serra: Eram eles que estavam faturando.
Márcia: Vamos perguntar pra ela também. Nós vamos agora voltar e agora vamos falar sobre programa.
Serra: Não, não vou dar essa entrevista, você desculpa.
Márcia: Por que candidato?
Serra: Porque não?
Márcia:Vamos fazer, só que agora falando do programa.
Serra: Não, faz-de-conta que eu não vim.
Márcia: Por que?
Serra: Porque não tem nada a ver com pergunta, não é um troço sério.
Márcia: Como não é um troço sério? Vamos conversar.
Serra: Então apaga.
Márcia: O que é que o sr. quer que apague?
Serra: A televisão.
Márcia: Ah, o sr. quer que apague a televisão?
Serra: Nós vamos conversar nessa base, porque isso aqui tá um programa montado.
Márcia: Montado pra quem? Não tem montação, não tem montagem. Apaga aí por favor, gente. Olha só, deixa eu te falar uma coisa. A gente aqui… a gente aqui não tá fazendo um programa…
Serra: Não é o que me disseram. O que me disseram é que eu ia falar de política e de economia.
Márcia: O primeiro bloco era só isso… Candidato, mas esse era o primeiro bloco. Vai ter… vai ter… vão ter mais três blocos, candidato, três blocos.
Serra: Tudo pergunta óbvia, você sabe o que é pergunta óbvia? Que você sabe o que é que o candidato vai responder. Você vai falar de pesquisa, isso aquilo, etc., você acha que dá para ganhar? O que é que o candidato vai dizer?
Márcia: Mas pensa bem, candidato, pensa bem…

Eleições 2010 e a questão racial no Brasil

Ainda é muito cedo para podermos afirmar com a tranqüilidade que as decisões no campo político exigem, mas está se desenhando no plano nacional das eleições 2010 um quadro onde a questão racial assumirá um outro status na agenda política brasileira.
Confirmando o retrato das pesquisas apresentadas até este primeiro decanato de setembro/10, teremos a Dilma Presidenta do Brasil e a maior bancada de parlamentares negros e negras no Congresso Nacional, oriundos de vários Partidos, seja da base do governo ou da oposição.
A primeira resultante deste quadro e a mais importante é que se multiplica por mil a possibilidade do Governo Federal consolidar a política de igualdade racial dando-lhe capilaridade nacional e fortalecendo o que lhe é mais caro: a sua natureza transversal. Com a Seppir transformando-se em Ministério, incorporando novos quadros técnicos e novos recursos financeiros em uma gestão caracterizada pelo aperfeiçoamento das políticas públicas implantadas pelo Presidente Lula, tal como será a da Dilma, faltará motivos para as ações afirmativas em benefício dos diversos grupos discriminados no país e especialmente da população negra não incorporar-se enquanto marca do novo governo.
Por outro lado, na Câmara e no Senado Federal as perspectivas também são alvissareiras em termos de manutenção das existentes e de ocupação de novas cadeiras. No primeiro, estão na disputa com chances de vitória: Edson Santos/RJ, Benedita/RJ, Edmilson Valentin/RJ, Valmir Assunção/BA, João Grandão/MS, Dalva Figueiredo/AP, Evandro Milhomens/AP, Paulo/AL, Domingos Dutra/MA, Janete Pietá/SP e Vicentinho/SP, entre tantos outros que certamente sairão vitoriosos das urnas. Coincidentemente, boa parte dos nomes citados acima são ou do PT ou do PCdoB.
Para o Senado, mesmo com as dificuldades que vem encontrando durante a campanha, é importante a reeleição do Senador Paulo Paim/RS. No entanto, a melhor noticia para o ativismo negro no Brasil é a provável eleição de Netinho de Paula, especialmente por seu compromisso com o projeto político que o está elegendo. A eleição de Netinho por um Estado como S. Paulo tem um significado importante não só para a companheirada paulista, mas para toda a população negra brasileira.
Cabe ao futuro Senador realizar a tarefa que lhe cabe com competência, ampliando seu espaço de atuação política dentro e fora do Senado Federal e fortalecendo os laços com os paulistas que lhe confiarem o voto e mesmo com aqueles que por enquanto ainda não o fizeram, no intuito de travar novos desafios nos anos que se avizinham. Apesar de momentaneamente incerto, seu futuro político não deixa de ser radiante.
Frente ao quadro acima, descrito de forma geral e ainda dependente dos resultados colhidos nas urnas no próximo 3 de outubro, não há porque não sermos otimistas, ou ao menos pessimistas ativos, em relação aos avanços que ocorrerão, seja na política nacional de promoção da igualdade racial, seja no combate diário que o movimento social negro trava contra o racismo no Brasil.

TEMPOS DE VITÓRIA HÃO DE VIR E VIRÃO.
Carlos Trindade é economista, cientista político, petista e militante negro

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

maior descoberta mundial de petróleo dos últimos 20 anos”, a reserva de Libra

Só um jornal deu primeira página, hoje, para o anúncio da  – vou transcrever o Estadão – “maior descoberta mundial de petróleo dos últimos 20 anos”, a reserva de Libra, que pode conter 8 bilhões de barris de petróleo, mais que o poço gigante de Tupi, o maior da camada pré-sal.
Libra, sozinha, pode ser uma jazida igual a tudo o que o nosso país possuía em 2001. Pode, junto com Tupi, representar o aumento em 100% de nossas reservas.
Não é notícia, aqui, mas a agência Reuters dedicou a isso uma grande matéria, destacando que o novo poço já será explorado dentro do novo marco regulatório do pré-sal, onde a Petrobras será necessariamente a operadora e ganhará o direito, na licitação, quem oferecer à União a maior parcela do petróleo extraído.
A exploração terá, também, um conteúdo nacional de 60 a 65%. Isso significa uma imensa massa de produção, que vai de plataformas a pequenos componentes da atividade de perfuração e extração.
A tudo isso, a turma do Serra se opôs violentamente no Congresso, inclusive com a tentativa desmoralizar a Petrobras, com métodos que chegaram, inclusive, à quebra ilegal do sigilo fiscal de seus diretores.
Nossa imprensa ignora solenemente este grande momento do país. Sua capacidade de perfuração é apenas para extrair escândalos, mesmo que para isso tenha de injetar lama na campanha eleitoral.
Fonte: Tijolaco

Até agente da ditadura serve à Folha contra Dilma


Depois a ombudswoman da Folha fica se queixando quando acontece uma reação indignada na internet contra o papelão a que o jornal está se prestando.
Está mandando gente para tudo o que é canto para tentar levantar informações que possa usar para explorar contra Dilma. Depois de mandar um enviado à Bulgária para ver se achava umas histórias escabrosas do pai da candidata, antes que este viesse para o Brasil nos anos 30(!!!), agora mandou um repórter a Porto Alegre para entrevistar um agente da ditadura, um espião da chamada “comunidade de informações” que diz ter sido encarregado de vigiar Dilma Rousseff.
Sim, acredite, o jornalzinho vai ouvir um ex-coronel da Brigada Militar, expulso da corporação por roubo de tijolos, é a fonte em que ele se ampara para tentar fazer uma contrapropaganda de Dilma.
Este cidadão, que não tem um pingo de autoridade moral e desonra a Brigada Militar – a força que resistiu à tentativa de golpe em 61 – ganha o direito de dar palpites sobre a personalidade de sua “espionada”:
“O ex-coronel relembra a Dilma que vigiou: cabelos armados, óculos de lente grossa, com personalidade forte para intervir em discussões entre esquerdistas e fazer valer sua opinião.”Pessoas desse tipo são duras, amargas. Ela é uma mulher amarga. Não é aquilo que está aparecendo na televisão. É lobo em pele de cordeiro”. “Lula vai se enganar com ela”, pontifica o espiãozinho.
Desde quando espião, araponga, agente da repressão tem o direito de ver  um jornal sair publicando suas “análises” psicológicas? Ao que eu saiba, as únicas técnicas de “psicologia” usadas pelos agentes da repressão eram bordoadas, choques elétricos, chicotadas, sufocamento e outras barbaridades, que os colegas deste tal Sílvio Carriço Ribeiro, que a Folha de S. Paulo elevou à condição de “formador de opinião” sobre Dilma.
Que vergonha para a imprensa brasileira, que nojo para os democratas deste país!


A matéria, para quem tiver assinatura da Folha e estômago para ler, está aqui.
Fonte: tijolaco

A história do dossiê da Folha

Por Luis Nassif
A Folha blefou, perdeu e não quer mostrar as cartas. Há tempos o jornal menciona dossiês que teriam circulado pelo comando de campanha de Dilma Rousseff, divulga trechos, passa dicas e não abre as cartas.
Aparentemente está chegando na hora de mostrar suas cartas.
Por exemplo, recebo telefonema da assessoria do deputado Cândido Vacarezza, que revela a origem de parte dos papéis em poder da Folha.
Em 2005, Vacarezza recebeu denúncias contra uma empresa, a Superbird, não contra pessoas. Na época, foi procurado pelo repórter Rubens Valente, da Folha, que, na conversa, mostrou ter mais informações sobre o caso.
Nada foi publicado.
O material foi recolhido pela Assembléia Legislativa, visando instruir uma futura CPI – que também acabou não saindo.
Há cerca de um mês, Vacarezza foi procurado pelo mesmo repórter, que lhe disse que pretendia retomar o caso. Segundo a assessora, Vacarezza informou ao repórter que o caso estava encerrado, já que tinha encaminhado a denúncia para o Ministério Público Estadual, que resolveu arquivar o processo. Não satisfeito, o repórter procurou a assessora jurídica de Vaccarezza – Ana Cláudia Albuquerque – que deu a mesma resposta de Vacarezza.
A partir dessa informação, é possível reconstituir o trajeto da Folha para chegar à reportagem de hoje.
Os documentos que circulam há tempos pelas redações, são investigações sobre os negócios de Verônica Serra pela AL de Sâo Paulo e dados da CPI do Banestado sobre Gregório Marin Preciado – ou seja, documentos oficiais, legalmente obtidos, já que pelas duas casas legislativas. É a isso que  provavelmente o jornal se refere quando menciona “conjuntos de papéis” que “circularam pelo comando de campanha” do PT.
As matérias originais
Confira as duas matérias que já saíram sobre o tema e compare com o cozidão de hoje. São as mesmas informações: CLICK AQUI
Fonte: Pagina13

O TRISTE FIM DE UM DISCURSO DIPLOMÁTICO

Por Marco Aurélio Garcia
O TRISTE FIM DE UM DISCURSO DIPLOMÁTICO
Não é fácil poder dar, em um período relativamente curto, duas entrevistas às páginas amarelas da revista Veja. É preciso estar muito afinado com o conservadorismo raivoso dessa publicação para merecer tal distinção.
Sei disso por experiência própria. Há muitos anos, um colunista-fujão de Veja dedicou-me um artigo cheio de acusações e insultos. Ingenuamente, enviei minha resposta a esta publicação, que se proclama paladina da liberdade de expressão. Meu texto não foi publicado e, para minha surpresa, li uma semana mais tarde uma resposta à minha resposta não publicada.
O embaixador-aposentado Roberto Abdenur teve mais sorte que eu. Emplacou uma segunda entrevista à Veja, talvez para retificar o tiro da primeira que concedeu (7 de fevereiro de 2007). Ou quem sabe para “compensar” o excelente depoimento do Presidente Juan Manuel Santos, na semana anterior, que não sucumbiu às tentativas da revista de opor o Brasil à Colômbia na América do Sul. Em sua primeira entrevista o diplomata destilava ressentimento contra o Ministro Celso Amorim que, num passado distante, o havia convidado para ser Secretário-Geral do Itamaraty e, mais recentemente, o havia enviado para uma de nossas mais importantes embaixadas – a de Washington. Abdenur preservava, no entanto, a política externa brasileira e, sobretudo, o Presidente Lula, que o havia designado como seu representante nos Estados Unidos.
Agora, tudo mudou. A crítica é global e dela não escapa nem mesmo o Presidente da República. Em matéria de política externa Lula não passa de um “palanqueiro”, a quem o Itamaraty “não sabe dizer não”. Faltando à verdade, o intrépito embaixador diz que nosso Presidente “começou a bater em Obama antes de eleito e não cansa de dar canelada no americano”. Abdenur desconhece, ou finge desconhecer, as inúmeras manifestações de simpatia – e de esperança – que a eleição do atual Presidente norte-americano provocou em seu colega brasileiro. Ao invés disso, o ex-embaixador escorrega em rasteiro psicologismo ao detectar no Presidente Lula “um elemento de ciúme” em relação a Obama, pois este último lhe teria subtraído “a posição privilegiada no palanque global”…
Abdenur fez vinte anos de sua carreira diplomática durante o regime militar e não sofreu nenhum constrangimento. Até aí tudo bem. Muitos outros de seus contemporâneos tampouco foram perseguidos. Mas essa experiência profissional não lhe autoriza fazer analogias entre a política externa atual e aquela levada adiante nos primeiros anos da ditadura, quando chanceleres proclamavam que o que “é bom para os Estados Unidos é bom para o Brasil” ou patrocinavam o envio de tropas brasileiras para esmagar as mobilizações populares na República Dominicana.
É claro que aquelas inflexões da política externa brasileira foram tomadas por “razões ideológicas” (de direita). Mas a pergunta que não quer calar é: quando não temos motivações ideológicas na política, em particular na política externa?
Durante o Governo Geisel, quando Abdenur integrou o grupo dos “barbudinhos” do Itamaraty, foram resgatados princípios da Política Externa Independente de Santiago Dantas, Afonso Arinos e Araújo Castro, apresentados para a ocasião sob a eufemística denominação de “pragmatismo responsável”. Mas aquela política – que tinha conteúdos progressistas, diga-se de passagem – também era expressão do projeto autoritário de “Brasil Potência” propugnado pelos militares. Tanto ela, como a Política Externa Independente do período Goulart-Jânio, tinham fortes componentes “ideológicos”, como é normal em qualquer sociedade, democrática ou não.
É igualmente “ideológica” a reivindicação do ex-embaixador de que nossa diplomacia se alimente de “valores ocidentais”. Mais do que ideológica, é ultrapassada e perigosa.
Ultrapassada, pois traz à memória os tempos da “guerra fria”, quando se falava em “civilização ocidental e cristã” para esconder propósito profundamente conservadores.
Perigosa porque traz à tona e legitima a idéia de choque de civilizações (entre “oriente” e “ocidente”) que os neo-conservadores têm defendido com tanta insistência nos últimos anos para justificar suas aventuras belicistas, queima de livros ou interdição de templos religiosos.
O ex-embaixador se alinha com as críticas da oposição brasileira contra a política externa atual. Seletivamente, ataca nosso bom relacionamento com Venezuela, Bolívia e Equador, supostamente motivado por afinidades ideológicas, esquecendo-se de mencionar nosso igualmente bom relacionamento com Argentina, Chile, Peru e Colômbia. Motivado por que? Leia matéria completa

terça-feira, 14 de setembro de 2010

PESQUISA CNT/SENSUS: DILMA CRESCE E ATINGE 57,8% DOS VOTOS VÁLIDOS

Em mais um resultado de pesquisa eleitoral, a petista Dilma Rousseff confirma sua liderança e mostra capacidade de crescer ainda mais. Já o tucano Serra, com toda sua baixaria, caiu mais uma vez, apresentando tendência de continuar a perder espaço.
A pesquisa divulgada pelo Portal Terra e encomendada pela Confederação Nacional dos Transportes mostra Dilma com 57,8% dos votos válidos caso a eleição fosse hoje, tirando os votos brancos e nulos. Como a Dilma nos diversos institutos (datafola, ibope, voxpopuli) vinha mantendo o percentual de 50% e agora se aparece com 50,5% na pesquisa estimula, fica evidente a tendência de continuar angariando votos. Na pesquisa CNT/SENSUS de agosto, a candidata petista tinha 46% e Serra 28%. A pesquisa foi realizada nos dias 11 e 12 de setembro e registrada no TSE.
Fonte: Terra

Marcelino participa de plenárias com idosos e capoeiristas

Mais de 300 idosos acompanharam as explanações dos candidatos sobre os avanços conquistados no governo Wagner e a necessidade de votar em deputados do time de Lula.
Quando secretário de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza, Valmir Assunção, reformou os Centros Sociais Urbanos (CSUs) da capital, transformando os equipamentos públicos em locais de lazer e de formação para muitos idosos.
Encontro de Capoeira – Ainda na manhã de domingo, Marcelino e Valmir falaram para grupos de capoeira da Bahia.Cerca de 100 adolescentes que praticam o esporte ouviram as propostas dos candidatos para a juventude, ressaltando as conquistas neste primeiro mandato de Wagner como governador.
Participaram da atividade o cantor e compositor, Tonho Matéria, que também é praticante e capoeiristas dos Grupos de Capoeira Berimbahia, Amantes da Capoeira e Angola M. Caboré, das Associações de Capoeira Mística Iúna, Aliba Obá, Obá Obá (do município de São Francisco do Conde), Capoarte (de São Gonçalo dos Campos), Barro Negro e de representantes da Federação de Capoeira da Bahia e da Associação Brasileira de Capoeira da Angola.

MINISTRA ERENICE GUERRA REBATE CAMPANHA DE DIFAMAÇÃO DO PIG

NOTA Á IMPRENSA


1.Encaminhei aos Ministros Jorge Hage, da Controladoria-Geral da União, e Luis Paulo Teles, da Justiça, ofícios em que solicito que se procedam todas as investigações necessárias no sentido de apurar rigorosamente os fatos relatados em matéria publicada pela revista Veja, em sua edição mais recente, e que envolvem tanto minha conduta administrativa quanto a de familiares meus.


2.Espero celeridade e creio na exação e competência das autoridades às quais solicitei tais apurações.


3.Reafirmo ser fundamental defender-me de forma aberta e transparente das mentiras assacadas pela revista Veja. E assim o faço diante daquela que já é a mais desmentida e desmoralizada das matérias publicadas ao longo da história da imprensa brasileira.


4.Lamento, sinceramente, que por conta da exploração político-eleitoral, mais que distorcer ou inventar fatos, se invista contra a honra alheia sem o menor pudor, sem qualquer respeito humano ou, no mínimo, com a total ausência de qualquer critério profissional ou ética jornalística.


5.Chamo a atenção do Brasil para a impressionante e indisfarçável campanha de difamação que se inicia contra minha pessoa, minha vida e minha família, sem nada poupar, apenas em favor de um candidato aético e já derrotado, em tentativa desesperada da criação de um “fato novo” que anime aqueles a quem o povo brasileiro tem rejeitado.


6.Pois o fato novo está criado e diante dos olhos da Nação: é minha disposição inabalável de enfrentar a mentira com a força da verdade e resoluta fé na Justiça de meu país, sem medo e sem ódio.

Erenice Guerra
Ministra-Chefe da Casa Civil da Presidência da República
14 de Setembro de 2010




Mídia tenta estancar a sangria

Por Altamiro Borges

Um fantasma ronda e desespera a mídia demotucana. Ela teme que uma forte “onda vermelha”, impulsionada pelo crescimento de Dilma Rousseff, afunde vários outros candidatos neoliberais aos governos estaduais, ao Senado e à Câmara Federal. Somada à vitória para a presidência, este resultado alteraria a correlação de forças na política brasileira, o que pavimentaria propostas mais ousadas de mudanças no país. Daí o seu esforço recente para estancar a sangria!

Objetivos da baixaria midiática

Toda a gritaria sobre a quebra do sigilo fiscal dos tucanos ou outros factóides teria dois objetivos básicos. O primeiro é tentar levar José Serra para o segundo turno, mesmo que seja com a ajuda da candidata verde Marina da Silva. O segundo, como subproduto, é evitar que o definhamento da candidatura demotucana contamine as disputas estaduais. Os sinais, neste sentido, são nítidos e indicam que a baixaria vai crescer nestas três últimas semanas de campanha eleitoral.

As pesquisas apontam que vários expoentes da direita nativa estão no cadafalso. Marco Maciel, César Maia, Arthur Virgílio Neto, Agripino Maia, entre outros demotucanos, caminham para a derrota na briga pelo Senado. Em São Paulo, os dois candidatos do bloco governista estão na dianteira; o mesmo ocorre no Paraná, Distrito Federal e em outros importantes estados. Já na disputa para a Câmara Federal, pesquisas indicam forte retração da bancada dos demos. Os tucanos também estão na berlinda. Direitistas convictos estão desesperados!

“Fim do DEM é um dado da realidade”

Diante desta tendência, os porta-vozes da mídia já soaram o sinal de alerta. Renata Lo Prete, da FSP (Folha Serra Presidente), escreveu neste final de semana: “Em privado, o fim do DEM é tratado como um dado de realidade pelos principais líderes do partido. A diferença se dá entre os que apostam em algum tipo de fusão agregadora de oposicionistas e aqueles que planejam pular do barco sozinhos, de preferência rumo a siglas lulistas. A segunda opção é majoritária”.

Ilimar Franco, do jornal O Globo, também já captou a possível reviravolta no quadro político. “Baseado nas pesquisas que faz em todos os estados do país, o Ibope concluiu sua projeção para o novo Senado. O PMDB, que preside a Casa, terá a maior bancada, com 17 a 19 senadores. O PT passará a ser a segunda bancada, com 13 a 16 senadores. Os partidos de oposição ficarão menores. O PSDB terá de nove a 12 cadeiras, e o DEM ficará com sete ou oito”.

O medo da "onda vermelha"

Preocupada, Cristiana Lôbo, uma das colunistas prediletas da família Marinho, já advertiu para o risco. No artigo “Subindo o tom”, ela informa que “o PSDB pretende subir o tom nas críticas à candidata petista Dilma Rousseff nesta reta final da campanha para marcar diferenças entre sua proposta e a da adversária e, assim, tentar recuperar o eleitorado que José Serra vem perdendo desde que começou a propaganda na televisão. Ainda que não haja tempo para reverter o quadro sucessório bastante favorável à Dilma, os tucanos consideram importante marcar diferenças”.

Conforme argumenta, “O maior temor do PSDB a esta altura da campanha é que o favoritismo de Dilma Rousseff provoque a chamada ‘onda vermelha’ que afete até os candidatos tucanos favoritos nas disputas aos governos estaduais – como Geraldo Alckmin, em São Paulo; Beto Richa, no Paraná e Antonio Anastasia, em Minas Gerais”. Estes e outros alertas indicam que toda a gritaria da mídia sobre os “novos escândalos” visa estancar a sangria da direita nativa. A bola da vez parece ser a da batalha para os governos estaduais, Senado e Câmara Federal. 

Brasil lidera o ranking no combate à pobreza

O Brasil lidera o ranking que mede o progresso de países em desenvolvimento na luta contra a pobreza, pelo segundo ano consecutivo. É o que diz pesquisa realizada pela organização não governamental (ONG) ActionAid, divulgada hoje pelo relatório “Quem realmente está combatendo a pobreza?” (ver Agência Brasil),  em que a ONG analisa os esforços de 28 países para combater o problema. No panorama nacional, em 2009, a Bahia foi o Estado que mais combateu a pobreza no Brasil. Isso devido às metodologias e critérios das políticas de desenvolvimento social do governo do Estado, através da Secretaria de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza (Sedes), que teve à frente uma liderança do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), o maior movimento popular do mundo. Leia +

A LUTA NO CAMPO E NO PARLAMENTO

Hospital do Subúrbio supera previsões nas primeiras horas de atendimento ao público

Nas primeiras três horas e 30 minutos de funcionamento, o Hospital do Subúrbio, aberto nesta terça-feira (14) ao público, atendeu a 57 pacientes, número registrado pela diretora da casa Lícia Cavalcanti às 11 horas da manhã.
O hospital começou a atender exatamente às 7:30h e, de acordo com a diretora, a expectativa é de que seja superada já no primeiro momento a meta programada para a etapa inicial de trabalho que é de 300 atendimentos diários.
O HS foi inaugurado na segunda-feira (13) em cerimônia que contou com a presença do ministro da Saúde, José Gomes Temporão. O ministro ressaltou, em seu discurso, que o Hospital do Subúrbio é o primeiro empreendimento pelo sistema de Parceria Público Privada do Brasil e enalteceu a qualidade técnica do serviço oferecido à população baiana.

Não há mais centro e periferia, e o Brasil tem chances

12/09/2010 - Folha de S.Paulo (SP)
ENTREVISTA MARIA DA CONCEIÇÃO TAVARES


ECONOMISTA VETERANA AFIRMA QUE A EMERGÊNCIA CHINESA MUDOU DIVISÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO



CLAUDIA ANTUNES 
DO RIO



A ascensão da China, com sua demanda por produtos primários, mudou a divisão internacional do trabalho e tornou datada a dicotomia entre indústria e produção de commodities que marcou a trajetória brasileira durante o século 20. 
Quem faz a afirmação é a economista Maria da Conceição Tavares, veterana expoente do desenvolvimentismo, que propôs a ação do Estado para a industrialização, a fim de superar a desvantagem nas relações de troca com os Estados Unidos -que, ao também produzirem matérias-primas, forçavam a baixa de seus preços. 
"Não tem centro e periferia como antes. Há países de desenvolvimento intermediário, entre os quais estamos", afirma Conceição. 
Ela deu entrevista às vésperas de ser homenageada amanhã, no Rio, no lançamento do livro "O Papel do BNDE na Industrialização do Brasil", pesquisa que coordenou para o Centro Internacional Celso Furtado. 
Petista, Conceição aposta que Dilma Rousseff mudará a orientação ortodoxa do Banco Central, caso eleita, e diz que o tucano José Serra, amigo com quem escreveu há 40 anos um artigo-marco, "Além da Estagnação", é conservador na área social. 
A seguir, os principais trechos da entrevista.


 
FOLHA - Um dos problemas do período abordado no livro, de 1952 a 1980, é o deficit no balanço de pagamentos. Hoje há essa preocupação de novo. Os riscos são os mesmos? 
MARIA DA CONCEIÇÃO TAVARES - Não, naquela altura o problema era a rigidez da pauta de exportações. Só tínhamos produtos primários e o único período em que houve aumento desses preços foi na Guerra da Coreia (1950-1953). 
Além disso, a substituição de importações não poupava divisas. Ao ampliar o mercado interno, aumentava a demanda [por bens de capital importados]. Hoje há uma indústria montada. O problema é o câmbio.


Mas e a preocupação com a primarização das exportações? 
Não tem cabimento, porque a primarização não se parece com a de então. Antes, as relações de troca eram desfavoráveis. Hoje, quem demanda produtos primários é a China, a Ásia toda. Naquela época, os EUA eram nossos concorrentes.


O candidato Serra fala em risco de desindustrialização...
Desindustrialização houve no governo deles. O problema de agora é que o dólar se desvalorizou e todas as moedas valorizaram, exceto a chinesa, que está amarrada ao dólar com controle de capitais. A valorização não afeta as exportações, mas as importações, que estão disparando. Se você deixar entrar à galega, acaba desindustrializando.


Como a sra. avalia as críticas feitas a empréstimos do BNDES para grandes grupos? 
O papo de que a capitalização [do banco] vai para a dívida pública não é verdade. Formalmente, vai para a dívida fiscal, mas não é assim porque no longo prazo os empréstimos retornam, e o retorno do investimento é sempre positivo.


Mas até o [ex-presidente do BNDES] Carlos Lessa diz que o banco deveria ser mais exigente sobre investimentos no Brasil, ao emprestar às grandes empresas... 
Nisso, o Lessa discrepa do [Luciano] Coutinho, que tem a visão do que ocorreu no Japão, na Coreia, de escolher as empresas vencedoras para que elas se internacionalizem com poder de mercado. É a única diferença, porque ambos são desenvolvimentistas. Só tem desenvolvimentista agora. Liberal, só tem a charanga.


A Dilma e o Serra também são desenvolvimentistas? 
Do ponto de vista da operação fiscal, o Serra é ortodoxo. Quer acelerar a contração do gasto público. Se cortar, não se pode fazer nada de política social universal, tem que ficar só com política para pobre. Serra é desenvolvimentista do ponto de vista industrial. O problema dele são os programas sociais, o aumento da Previdência, do salário mínimo, as medidas de alcance social mais profundo que o Lula tomou.


O ministério do segundo governo Vargas [1951-1954] lembra o do primeiro governo Lula, com empresários e monetaristas na economia. É coincidência? 
No que diz respeito a Lula, graças a Deus caiu o ministro da Fazenda [Antônio Palocci] e entrou o [Guido] Mantega, que é desenvolvimentista. 
O Banco Central é problema sempre, porque sua estrutura foi montada de tal maneira que os que não pensam da mesma forma não têm futuro lá dentro. O que tem de fazer com o BC é uma diretoria mista: metade conservadora para agradar aos banqueiros e outra metade para ajudar o desenvolvimento. Conservador no governo Lula foi só a política monetária.


Mas isso num governo Dilma pode mudar? 
Com certeza vai mudar. É só esperar e ver.


A conjuntura internacional, em que a China é o grande demandante, favorece o Brasil? 
É favorável. Ninguém compete com a Ásia em produtos manufaturados, por isso aqui tem de ter certo controle das importações, mesmo disfarçado. Mas o fato de serem demandantes de matérias-primas faz uma diferença cavalar, sobretudo para a América Latina. Houve uma mudança radical da divisão internacional do trabalho, na qual nós estamos bem colocados porque exportamos para todo mundo.


Mas a China compete com as manufaturas brasileiras em terceiros mercados... 
Temos de nos precaver. Mas acho que o Brasil tem chance. Ter recursos naturais como temos, da água ao petróleo, não é qualquer país que tem. Isso ajuda, ao contrário de antes. 
A China tem uma área subdesenvolvida, no campo, ainda tem que desenvolver o mercado interno. Mas tem um solo esgotado. Vai ter décadas importando alimentos, minério e petróleo. 
Não tem centro e periferia como antes. Tem países de desenvolvimento intermediário, entre os quais estamos. A discussão agricultura ""versus" indústria é datada. 
Agora, na eletroeletrônica, por exemplo, não avançamos. Por isso, o BNDES tem política setorial, na farmacêutica, na química.


A senhora está otimista, então? 
Pela primeira vez, porque em geral sou pessimista. Conseguimos passar a crise sem problemas na dívida externa, com reservas, o que nunca aconteceu. Espero não me equivocar, mas, se me equivocar, não estarei viva para ver.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Filha de Serra fez a maior quebra de sigilos do mundo

A filha do Serra, uma especialista em violação

A revista CartaCapital que está nas bancas traz reportagem de Leandro Fortes que vai calar o Zé Baixaria e seus auto-falantes do PiG (*).
Por 15 dias no ano de 2001, no governo FHC/Serra a empresa Decidir.com abriu o sigilo bancário de 60 milhões de brasileiros.
É isso mesmo o que o amigo navegante leu: a filha de Serra abriu o sigilo bancário de 60 milhões de brasileiros por 15 dias durante o governo FHC/Serra.
A Decidir.com é o resultado da sociedade, em Miami, da filha de Serra com a irmã de Daniel Dantas.
Veja aqui a prova da associação com documentos do Estado da Flórida, nos Estados Unidos.
O primeiro “plano de negócios” da empresa era assessorar licitações públicas.
Imagine, amigo navegante, assessorar concorrências !
A certa altura, em 2001, a empresa resolveu ser uma concorrente da Serasa.
Fez um acordo com o Banco do Brasil e através disso conseguiu abrir sigilos bancários.
O notável empreendimento de Miami conseguiu também a proeza de abrir e divulgar a lista negra do Banco Central.
O intrépido jornalismo da Folha (**) fez uma reportagem sobre o assunto, mas motivos que este ordinário blogueiro não consegue imaginar, omitiu o nome da empresa responsável pelo crime.
A Folha (**) divulgou ela própria o sigilo de autoridades que passaram cheques sem fundo.
O então presidente da Câmara, Michel Temer, oficiou o Banco Central.
E, a partir daí, operou-se um tucânico abafa.
O Banco Central não fez nada.
A Polícia Federal não fez nada.
O Ministério da Fazenda não fez nada.
O Procurador Geral da República não fez nada.
Faltava pouco para a eleição presidencial de 2002, quando José Serra tomou a surra de 61% a 39%.
A filha dele largou a empresa, provavelmente em nome dos mais altos princípios da Moral.
Mino Carta tem a propriedade de publicar reportagens que equivalem a tiro de misericórdia.
Quando dirigia a revista IstoÉ, publicou a entrevista do motorista que implodiu o governo Collor.
Agora, ele e Leandro, processados por Gilmar Dantas (***), dão o tiro de misericórdia na hipocrisia dos tucanos paulistas.
A partir desta edição da CartaCapital, a expressão “violar o sigilo” passa a ser uma ofensa à memória dos brasileiros.

Paulo Henrique Amorim
(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.
(**) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que avacalha o Presidente Lula por causa de um comercial de TV; que publica artigo sórdido de ex-militante do PT; e que é o que é, porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.
(***) Clique aqui para ver como um eminente colonista (****) do Globo se referiu a Ele. E aqui para ver como outra eminente colonista (**) da GloboNews e da CBN se refere a Ele.
(****) Não tem nada a ver com cólon. São os colonistas do PiG (*) que combatem na milícia para derrubar o presidente Lula. E assim se comportarão sempre que um presidente no Brasil, no mundo e na Galáxia tiver origem no trabalho e, não, no capital. O Mino Carta costuma dizer que o Brasil é o único lugar do mundo em que jornalista chama patrão de colega. É esse pessoal aí.