quinta-feira, 3 de setembro de 2009

DEPUTADO YULO (PT) LANÇA CAMPANHA PELA INSTALAÇÃO DA CORREGEDORIA INDEPENDENTE DE POLÍCIA

A Conferência Estadual de Segurança Pública aprovou, entre suas resoluções, a criação da Corregedoria Independente de Polícia que terá entre seus membros organizações da sociedade civil.
A proposta é iniciativa do Deputado Estadual Yulo Oiticica (PT) que além de mais esta acertada propositura, também é responsável pelas Frente Parlamentar de Assistência Social e Frente Parlamentar de Juventude.
No dia 7 de setembro, em Salvador, o Deputado Yulo e os diversos movimentos sociais e religiosas que estão à frente da organização da 15ª edição do GRITO DOS EXCLUÍDOS, aproveitarão a oportunidade para lançar a Campanha Estadual pela Instalação da Corregedoria Independente de Polícia.
O evento terá início com concentração, a partir das 9h, em frente ao Teatro Castro Alves (TCA) no Campo Grande.
Taí uma boa campanha para se engajar!

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Valmir Assunção - Mais um projeto bem sucedido para a juventude

Programa Educar para Construir beneficia 400 jovens baianos

A cada parede levantada, um futuro melhor para 400 baianos de 18 a 24 anos, moradores do subúrbio de Salvador. O barulho das ferramentas e da serra elétrica pode até incomodar algumas pessoas, mas para os adolescentes beneficiados pelo programa Educar para Construir este é o som de uma vida cheia de oportunidades e de um mercado de trabalho promissor.


A chance começa nas oficinas do Centro de Educação Desportiva e Profissionalizante (Cedep), realizado pelo governo da Bahia, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza (Sedes), em parceria com o Sindicato da Construção Civil da Bahia (Sinduscon).


O Educar para Construir, uma vertente do programa Jovens Baianos, oferece cursos na área da construção civil, setor que tem crescido em Salvador. Desde 2007 o programa articula com empresas do segmento a contratação dos jovens aprendizes e alunos formados. No total, 200 adolescentes já estão atuando no mercado de trabalho com carteira assinada. Leia mais...

A MASCARA CAIU! É HORA DA DEPUTADA ANGELA DEVOLVER OS CARGOS

A MASCARA CAIU!
É HORA DA DEPUTADA ANGELA
DEVOLVER
OS CARGOS!

PSC declara apoio à candidatura de Geddel ao governo estadual

PSC declara apoio à candidatura de Geddel ao governo estadual
Após o apoio do PTB, do ex-deputado Benito Gama, mais um partido declara oficialmente apoio à candidatura do Ministro Geddel Vieira Lima ao governo do Estado. Desta vez, o Partido Social Cristã, o PSC. O partido emitiu nota, assinada pelo presidente do diretório estadual, Eliel Santana, onde declara que permanecerá marchando ao lado do PMDB, do Ministro Geddel e do Prefeito João Henrique.
Na administração soteropolitana, o PSC já faz parte da base de apoio e agora se junta ao PMDB na tentativa de eleger Geddel como Governador do Estado. Nas eleições de 2006, o PSC lançou candidato próprio ao governo do estado, Átila Brandão, na chapa que contava oficialmente com o senador eleito João Durval, porém na ocasião, Durval angariou votos com uma aliança não oficial com o Governador Jaques Wanger. No entanto, o suplente do senador do PDT, é justamente o presidente da legenda social cristão, Eliel Santana.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

NOTA PÚBLICA DA CPT EM PROL DA ATUALIZAÇÃO DOS ÍNDICES DE PRODUTIVIDADE

Comissão Pastoral da Terra – Secretaria Nacional Assessoria de Comunicação
NOTA PÚBLICA

Pela Atualização dos Índices de Produtividade

O anúncio pelo Presidente Luís Inácio Lula da Silva de atualização dos índices de produtividade da terra desencadeou uma furiosa campanha da bancada ruralista contra a medida, apoiada por grande maioria da poderosa mídia, pelo Ministro da Agricultura Reinhold Stephanes usando para isso da mentira e de argumentos falaciosos, destinados a enganar a opinião pública e a derrubar a iniciativa governamental.
A CPT Nacional vem, pois, a público mostrar o outro lado da moeda.
Está de parabéns o senhor Presidente por este gesto histórico que trará um grande e benéfico desenvolvimento para todo o nosso povo.
Ao assinar esta atualização, atrasada há mais de 30 anos, Lula estará simplesmente cumprindo a Lei Agrária 8.629, de 25 de fevereiro de 1993 que, no artigo 11 determina o seguinte: “Os parâmetros, índices e indicadores que informam o conceito de produtividade serão ajustados periodicamente, de modo a levar em conta o progresso científico e tecnológico da agricultura e o desenvolvimento regional”. Ora, o estudo “Fontes e Crescimento da Agricultura Brasileira” divulgado em julho de 2009 pelo próprio Ministério da Agricultura revela que de 1975 a 2008 a taxa de crescimento do produto agropecuário foi de 3.68 % ao ano. No período de 2000 a 2008, o crescimento foi de 5.59 como média anual. Em 1975 produziam-se 10,8 quilos de carne bovina por hectare; hoje são 38.6 quilos; a produção de leite por hectare multiplicou-se por 3.6 e a de carne e aves saltou de 372,7 mil toneladas em 1975, para 10.18 milhões em 2008, segundo o mesmo estudo.
A comparação com outros paises demonstra que, no Brasil, o crescimento do PTF (Produtividade Total dos Fatores) foi o mais elevado: 4,98% entre 2000 e 2008. Na China, de 2000 a 2006 foi de 3.2%. Nos Estados Unidos, entre 1975 e 2006 foi de 1.95%. Na Argentina, de excepcionais recursos naturais, foi, de 1960 a 2000, de 1.84%.
A conclusão óbvia a que se chega é que por trás desta guerra da bancada ruralista, teimando em manter os velhos índices de produtividade de 1975 está o intento de preservar o latifúndio improdutivo das empresas nacionais e estrangeiras, desconsiderando a função social da propriedade, estabelecida na nossa Constituição Federal, continuando o Brasil, assim, o campeão mundial do latifúndio depois de Serra Leoa.
Eles levantam repetidamente o número de 400 mil propriedades rurais que seriam afetadas pela medida, inviabilizando assim toda a produção agrícola no país. Na realidade este número corresponde a apenas 10 % das propriedades rurais, embora ocupem 42,6% das terras. Com efeito, das 4.238.447 propriedades cadastradas pelo Incra, 3.838.000, ou seja, 90 % não seriam afetadas pela medida. São estas propriedades as que garantem 70 % do alimento que é posto na mesa dos brasileiros. Ao passo que essas outras 400 mil, com o ferrenho apoio da bancada ruralista, são as que recorrem ao governo para adiar indefinidamente o pagamento de suas dívidas com os bancos, como a imprensa tem noticiado com frequência.
À crítica à anunciada medida juntou-se também uma raivosa criminalização dos movimentos de trabalhadores no campo, da forma mais generalizada e iníqua. Entretanto o que se vê no nosso campo é o deprimente espetáculo da multiplicação dos acampamento de sem-terra que se sujeitam, por anos a fio, a condições inumanas de vida na fila da realização, um dia, do sonho da terra prometida de viver e trabalhar.
Os dados de ocupações de terra e de acampamentos, registrados pela CPT e divulgados anualmente mostram um quadro preocupante. Onde há maior concentração de sem-terra é onde o número de assentamentos é menor. E isso justamente ao lado de áreas improdutivas, que a atualização dos índices poderia facilmente disponibilizar para assentamento das famílias. Em 2007, no Nordeste se concentraram 38,3% das ocupações e acampamentos envolvendo 42,5% das famílias, No Centro-Sul, aconteceram 49,5% das ações envolvendo 43,5% das famílias. Porém os assentamentos promovidos pelo governo aconteceram na sua maioria na Amazônia, onde há mais disponibilidade de terras públicas, distantes dos centros habitados. Fica claro, pois, que onde há mais procura por terra, no Nordeste e no Centro-Sul, há menos disponibilidade de terras. E um dos fatores que limita esta disponibilidade são os índices defasados de produtividade. Ao lado disso, no Sul, onde foram assentados somente 2,6% das famílias, estas tiveram uma participação de 42,06% do total da produção nacional de grãos. Portanto a atualização dos índices de produtividade poderá disponibilizar muito mais áreas em regiões mais propícias ao cultivo de grãos, onde há mais busca por terra e onde a tradição agrícola é mais forte.
Diante de tudo isso a CPT Nacional declara que a alvissareira atualização dos novos índices de produtividade da terra, tantas vezes protelada, é uma exigência de justiça social. Mas a superação da secular estrutural injustiça social no campo e do resgate da dívida social para com os excluídos da terra, vítimas da nefasta política do sistema corrupto e violento que defende a ferro e fogo a arcaica estrutura agrária alicerçada no latifúndio, só se concretizará quando se colocarem em nossa Constituição limites para a propriedade da terra. Então, a partir disso, será possível uma real democratização ao acesso a terra.
Goiânia, 01 de setembro de 2009.

Dom Ladislau Biernaski
Presidente da Comissão Pastoral da Terra

CARTA DOS MOVIMENTOS SOCIAIS À I CONFERÊNCIA NACIONAL DE SEGURANÇA PÚBLICA – CONSEG

Historicamente a Segurança Pública Brasileira é assunto que gera polêmicas e, obviamente grandes controvérsias, no entanto não se pode negar a importância da realização de um evento que se diz predisposto a definir o pensamento da sociedade civil organizada, trabalhadores (as) de segurança pública e os órgãos político-executores de tal tema.
Entretanto, o chamado do Ministério da Justiça, com objetivo de fomentar e sistematizar propostas para traçar diretrizes de uma Política Nacional de Segurança Pública, no que tange à Sociedade Civil Organizada, não conseguiu atingir os movimentos tradicionais de luta pelos Direitos Humanos, à exemplo do histórico de luta das Mulheres, da juventude negra, no Movimento Negro, do movimento LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais), comunidades tradicionais de Matriz Africana, pessoas com deficiência, quilombolas, indígenas, pessoas idosas, crianças e adolescentes, vítimas de violência, profissionais do sexo, população encarcerada e egressos do sistema penitenciário, movimento estudantil secundarista e o universitário, juventude, a contemplação da laicidade de religiões presentes no Estado Brasileiro, na representatividade.
Neste aspecto, vale esclarecer que a preocupação da sociedade civil com o tema da segurança, no entanto, não é novidade. O assunto é pauta constante das Conferências de Direitos Humanos e vem sendo tratado como efetivação de um direito social, merecendo ser este também o princípio que norteia a realização de uma conferência específica sobre o tema da segurança pública.
Apesar dessa consideração, eis que surge a polêmica, como falar em participação da Sociedade Civil e de sua legítima representação, na amplitude das discussões que permeiam a I CONSEG, se o Governo Federal acaba de publicar o Decreto n.º 6.950/09, que ainda carece de divulgação, o qual dispõe sobre a composição, estrutura, competências e funcionamento do CONASP, trazendo em seu artigo 3º, inciso V (Sociedade Civil-12 representantes) vem sendo contradito, pelo mesmo decreto, no artigo 11, o qual diz que “aos membros do CONASP a serem designados, em 2009, não se aplica o disposto no Artigo 3º e, excepcionalmente, seu mandato será de 01 (um) ano, não admitindo prorrogação”.
Para completar a contradição do referido artigo 11, seu parágrafo primeiro diz que a Comissão Organizadora da Conferência Nacional de Segurança Pública, constituída em ATO DO MINISTRO DO ESTADO DA JUSTIÇA QUE DELIBERARÁ E CONFIRMARÁ A LISTA DE ÓRGÃOS, ENTIDADES E REPRESENTANTES PARA COMPOSIÇÃO DO CONASP DURANTE O MANDATO QUE SE INICIARÁ EM 2009 A QUAL SERÁ SUBMETIDA AO MINISTRO DE ESTADO DA JUSTIÇA PARA DESIGNAÇÃO.
Ora, se estamos num espaço que num primeiro momento fala em fomentar uma política inclusiva, como, de um momento para outro ela pode se tornar uma política de exclusão, quando da escolha dos representantes de um dos principais órgãos para discutir segurança no país?
Nesse sentido as instituições e organizações da sociedade civil que assinam este documento querem reafirmar seu compromisso de defender, na 1ª Conseg, a efetivação de uma política de segurança pública inclusiva, pautada no respeito e, principalmente, não na discursividade, mas, na concretude das ações.
Logo, é preciso que seja assegurada a participação efetiva dos movimentos sociais acima citados e, para tanto, a forma como vem tratado no decreto não contempla tal possibilidade, necessitando de imediato que seja ampliado o espaço de representatividade do CONASP e, mais que isto, que tal escolha não seja mera designação do Ministro da Justiça, mas, sim daqueles que até legitimam suas ações e a de todo Poder Executivo, ou seja, a Sociedade Civil Organizada.
Brasília, 30 de agosto de 2009
Assinam esse documento diversas entidades da sociedade civil organizada.