terça-feira, 22 de setembro de 2009

Educadores Sem Terra se reúnem em Feira

Educadores Sem Terra se reúnem em Feira

Começa nesta quinta-feira, dia 24 de Setembro, o 15° Encontro Estadual das Educadoras e Educadores do Mst – Ba. Promovido pelo Setor de Educação do Movimento, o evento reunirá cerca de 600 participantes de todo o estado da Bahia e acontecerá no campus da UEFS, em Feira de Santana, até domingo dia 27. O encontro pretende constituir um espaço de formação e confraternização, tratar das problemáticas especificas das escolas dos Assentamentos e Acampamentos e avançar nas possibilidades de enfrentamento e superação dos problemas da Educação do Campo.“Pretendemos incentivar o aprimoramento da consciência crítica e pedagógica das educadoras e educadores face à realidade em que vivem e trabalham, proporcionando espaços para troca de suas experiências e fazeres pedagógicos”, explica a Profª Edineide Xavier, coordenadora do Setor Estadual de Educação do MST-BA. Com um amplo acúmulo de experiências em educação popular e uma forte influência de Paulo Freire, o MST desenvolveu uma concepção própria, denominada Pedagogia da Terra. Além dos ensinos infantil, fundamental e médio, o MST mantém na Bahia os cursos técnicos de Magistério, Agropecuária, Saúde da Comunidade e Gestão de Assentamentos; e os cursos superiores de Letras, Pedagogia, Agronomia e Direito (em negociação).

Programação rica
A quinta-feira trará temáticas mais gerais, com análise de conjuntura pela manhã e uma palestra à tarde sobre a Conjuntura Agrária Brasileira, com a participação do militante João Pedro Stédile. Na sexta-feira se aprofundarão os debates sobre a concepção pedagógica do MST, bem como as limitações e dificuldades do PRONERA (Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária). Em junho, cerca de 300 estudantes sem terra ocuparam o Incra durante três dias em defesa do PRONERA, que tem sua continuidade ameaçada por profundos cortes de verbas e perseguição de setores conservadores. Professores da UFBA, UNEB, UEFS, UESC e UESB apoiaram a manifestação, com a realização de mesas redondas e aulas públicas.

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