terça-feira, 26 de outubro de 2010

PM-BA pratica preconceito Racial, Religioso e violência contra a Mulher

Policias da Policia Militar mais uma vez agiu de forma criminosa! De armas em punho, invadiram o Assentamento Dom Helder Câmara em Ilhéus/BA, local onde não tem jurisdição, e mostrou toda a sua intolerância religiosa, o preconceito racial e a violência contra a mulher, além da tentativa de criminalização do assentados, num claro ato facista. Os fatos ocorreram no último dia 23 de outubro, em ação ilegal onde estava clara, diante das falas dos PM's presentes, todo o ódio contra os assentados.
O Govrnador Jaque Wagner precisa tomar providências imediatas.O ato de violência aconteceu no mesmo dia em que houve a carreata pelas ruas de Ilhéus, onde o Governador agradeceu os votos dos eleitores ilheenses. O overnador Wagner deve isso aos moovimentos sociais. Paira sobre a cabeça do próprio Governador os atos dos seus oficias e servidores subalterno das Polícia Militar e Policia Civil
O Assentamento Dom Helder Câmara é reconhecido pelo INCRA como um modelo de gestão de gênero, onde das 26 famílias assesntadas, 23 receberam a titularidae da terra em nome da mulher.
Esperamos do Governador Wagner que ele não atue como Pilatos e lave as mãos nestes atos dos PM's e do comportamento dos membros da 7ª Corpin na Delegacia de Ilhéus.
Abaixo segue a Carta Denúncia do Membros do Assentamento Dom Helder Câmara:
ILHÉUS – URGENTE

RACISMO – INTOLERÂNCIA RELIGIOSA VIOLÊNCIA CONTRA MULHER – ABUSO DE AUTORIDADE-TORTURA

Sábado dia vinte e três de outubro de 2010, por volta das 14: 00 hora, um pelotão da Polícia Militar da Bahia, invadiu o assentamento D. Helder Câmara, em Ilhéus, levando a comunidade de trabalhadores e trabalhadoras rurais a viverem um momento de terror, tortura e violência racial.

Os fatos: Ao ser questionado pela coordenadora do assentamento e sacerdotisa (filha de Oxossi) Bernadete Souza, sobre a ilegalidade da presença do pelotão da polícia na área do assentamento, por ser este uma jurisdição do INCRA – Instituto Nacional e Colonização de Reforma Agrária e, portanto a polícia sem justificativa e sem mandato judicial não poderia estar ali.
Menos ainda, enquadrando homens, mulheres e crianças, sob mira de metralhadoras, pistolas e fuzil, o que se constitui numa grave violação de direitos humanos. Diante deste questionamento, o comandante alegando “desacato a autoridade” autorizou que Bernadete fosse algemada para ser conduzida à delegacia. Neste momento o orixá Oxossi incorporou a sacerdotisa que algemada foi colocada e mantida pelos PMs
Júlio Guedes e seu colega identificado como “Jesus”, num formigueiro onde foi atacada por milhares de formigas provocando graves lesões, enquanto os PMs gritavam que as formigas eram para “afastar satanás”. Quando os membros da comunidade tentaram se aproximar para socorrê-la um dos policiais apontou a pistola para cabeça da sacerdotisa, ameaçado que se alguém da comunidade se aproximasse ele atirava. Spray de pimenta foi atirado contra os trabalhadores. O desespero tomou conta da comunidade, crianças choravam, idosos passavam mal. Enquanto Bernadete (Oxossi) algemada, era arrastada pelos cabelos por quase 500 metros e em seguida jogada na viatura, os policiais numa clara demonstração de racismo e intolerância religiosa, gritavam “fora satanás”! Na delegacia da Polícia Civil para onde foi conduzida, Bernadete ainda incorporada bastante machucada foi colocada algemada em uma cela onde havia homens, enquanto policias riam e ironizavam que tinham chicote para afastar “satanás”, e que os Sem Terras fossem se queixar ao Governador e ao Presidente.

A delegacia foi trancada para impedir o acesso de pessoas solidarias a Bernadete, enquanto os policias regozijavam – se relatando aos presentes que lá no assentamento além dos ataques a Oxossi (incorporado em Bernadete) também empurraram Obaluaê manifestado em outro sacerdote atirando o mesmo nas maquinas de bombear água. Os policias militares registraram na delegacia que a manifestação dos orixás na sacerdotisa Bernadete se tratava de insanidade mental.

A comunidade D. Hélder Câmara exige Justiça e punição rigorosa aos culpados e conclama a todas as Organizações e pessoas comprometidas com a nossa causa.

Contra o racismo, contra a intolerância religiosa, contra a violência policial, contra a violência à mulher, pela reforma agrária e pela paz.

Projeto de Reforma Agrária D. Hélder Câmara.

Ylê Axé Odé Omí Uá

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